O resultado não foi nada imprevisível: a grande maioria dos alunos (87%) acredita que sim. Se isso acontece de fato no nosso curso, finjo que não sei, mas posso dizer que isso existe em quase todos os cursos de quase todas as instituições particulares do país. Claro, professores que praticam isso passam a ter uma autoridade questionável, uma vez que esta deixa de se apoiar na razão para se escorar na quantidade de afinidade por aluno. E os resultados acabam, por vezes, trazendo injustiças diversas, das sutis às mais escancaradas.
Se uma pessoa "A" se projeta em uma outra "B" como um espelho e decide, dali pra frente, ajudá-la e favorecê-la por pura boa vontade (e vaidade, ao se enxergar nessa pessoa), tudo bem. É normal e saudável por parte da natureza humana quando há essa busca por padrões, características físicas e personalidades parecidas. Aliás, é assim que o amor e a amizade funcionam. Mas quando uma dessas pessoas tem autoridade sobre a outra (ainda mais num âmbito profissional/acadêmico), o 'apadrinhamento' fica fora de cogitação. Ou pelo menos era pra ser assim.Ao contrário do que a maioria pensa, os maiores prejudicados nessa história toda não é a reputação dos professores nem os acadêmicos desfavorecidos, mas os próprios alunos 'beneficiados'. Se estas pessoas deixam de receber as críticas necessárias no tempo e no lugar certos (ou seja, ao longo do curso), acabam correndo o risco de quebrar a cara depois. O aprendizado na faculdade deve servir como ginástica para o músculo da autocrítica do profissional, algo que acaba tonificando também o bom senso e a ética do mesmo. Críticas podem até fazer dodoi pro ego da gente, mas, com certeza, elas vêm por boas razões. Nem sempre nossas bostas vão cheirar a Chanel Nº5 como dizem, né mesmo?
O mundo exige nosso constante aperfeiçoamento!
ResponderExcluirAzar dos q se enganam e ficam felizes por não receberem criticas!